sexta-feira, 11 de março de 2011

Reunião nº 5 - 16 de Janeiro de 2011

Deus capacita os escolhidos

    Conta certa lenda, que estavam duas crianças a patinar num lago congelado. Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam despreocupadas. De repente, o gelo quebrou-se e uma delas caiu, ficando presa na fenda que se formou. A outra, ao ver o seu amiguinho preso e a congelar-se, tirou um dos patins e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo por fim quebrá-lo e libertar o amigo.
     Quando os bombeiros chegaram e viram o que tinha acontecido, perguntaram ao menino:
     - Como conseguiste fazer isso? É impossível que tenhas conseguido quebrar o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!
    Nesse instante, um ancião que passava pelo local, comentou:
    - Eu sei como ele conseguiu.

    Todos perguntaram:
    - Pode nos dizer como?
    - É simples - respondeu o velho.
    - Não havia ninguém ao seu redor, para lhe dizer que não seria capaz…



Deus nos fez perfeitos e não escolhe os capacitados,
CAPACITA OS ESCOLHIDOS.
Fazer ou não fazer algo só depende
da nossa vontade e perseverança.


Mt 22:14 - Porque muitos são chamados.
Mas poucos os escolhidos.
Confie...

1- Será que por vezes não fazemos as coisas porque os outros acham que não
somos capazes? Será mais fácil nos levarmos pela vontade dos outros?
2- Será que por vezes fazemos as coisas
só porque os outros querem que façamos?
3- Teremos nós a capacidade de fazer as
nossas próprias escolhas?






Não reza, discute


              Com a ternura aflita de quem se afasta de um filho que não tornará a ver, a mãe pensa que ele é está ateu… e só porque nos últimos tempos deixou de ir à missa e foge do que quer que o aproxime desses meios.
Somos amigos desde a infância e habituei-me a admirá-lo. Ontem conversámos durante quase a tarde inteira. À noite, uma frase dele continuava a ecoar: “Sabes, acho que não sei rezar; ultimamente só consigo discutir com Deus.” Lembrei-me, primeiro, do Job da bíblia, depois, de uma história:
Certo dia, o Diabo foi dar a volta pelo mundo para ver como é que os homens rezavam.
A viagem foi breve porque os homens piedosos eram raros e as orações dos outros pareciam gemidos papagueados. Já de regresso ao Inferno, todo contente, encontrou num silvado um camponês que gesticulava muito. Cheio de curiosidade, escondeu-se atrás de um arbusto e ficou a observá-lo. O homem estava a discutir com Deus. Censurava-o e tratava-o com maus modos. O demónio esfregou as mãos de contente. Naquele momento passou por ali um sacerdote:
Bom dia – disse ao camponês. – Que maneira é esse de falar? Não sabe que discutir com Deus é pecado?
Senhor padre – respondeu o homem – se discuto com Deus, é porque creio nele; se o censuro, é porque lhe quero bem; se grito, é porque sei que Ele me escuta.
- Tu estás a delirar – disse o sacerdote, afastando-se. Mas o Diabo não foi da mesma opinião e ficou alarmado: é que tinha, finalmente, descoberto um homem que sabia rezar.
Sei que estas podiam ser também as palavras do meu amigo: “Se discuto com Deus, é porque creio nele; se o censuro, é porque lhe quero bem; se grito é porque Ele me escuta."
  
  
1- O que é para ti rezar?
2- Será que sabemos rezar?
3- Será que não rezar é pecado?
4- Será que não ir à missa é pecado?



Providência


    Mas há sinais…
    O sacerdote estava no seu escritório, junto à janela, a preparar um sermão sobre a providência divina. De repente ouviu uma explosão e viu pessoas aflitas correr em alvoroço. Rebentara uma presa. O rio transbordava e a população era evacuada.
O sacerdote viu a água a subir. Chegava já à sua rua. Teve, por isso, alguma dificuldade em suster o pânico. Disse de si para si:
    - Estou a preparar um sermão sobre a providência e é-me oferecida uma oportunidade de praticar o que prego. Não devo fugir com os outros, mas ficar aqui e confiar que a providência de Deus me há-de salvar.
    Quando a água estava já à altura dasua janela, passou uma barca apinhada de gente.
    - Salte para dentro, Padre! – gritaram-lhe.
    - Não, filhos, - respondeu o sacerdote cheio de confiança – acredito que a providência de Deus me salvará.
    O sacerdote subiu para o telhado.Quando a água chegou até ele, passou uma outra barca. Suplicaram-lhe ainda com mais insistência que subisse, mas ele voltou a negar. Empoleirou-se no alto do campanário. Quando a água lhe chegava aos calcanhares, apareceu um intrépido polícia, num pequeno bote, para o resgatar. O sacerdote agradeceu, mas disse que não, que confiava em Deus e que nunca seria defraudado. Quando se afogou e foi para o céu, a primeira coisa que fez foi queixar-se e pedir satisfações a Deus:
    - Eu confiei em ti! Porque não fizeste nada para me salvar?
    - Bom, - respondeu Deus – a verdade é que te enviei três barcas, recordas-te?


1- Será que nos recusamos a ver a ajuda?


 

Queimar a vida, com um papel
A nossa massa é a mesma. E Ele sabe que nós somos assim.
A nossa irritação não resolvera problema nenhum.
As nossas dificuldades não alteram a natureza das coisas.
As nossas desilusões não fazem o trabalho que apenas o trabalho que apenas o tempo conseguirá realizar.
O nosso mau humor não modifica a nossa vida, pelo menos positivamente.
A nossa dor não impedirá que o sol continue a brilhar sobre bons e maus.
A nossa tristeza não iluminará os caminhos.
O nosso desânimo não modificará ninguém.
As nossas lágrimas e lamúrias não substituem o suor que teremos de verter na conquista da nossa felicidade.
As nossas reclamações, mesmo que verdadeiras, dificilmente acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por nós.
Sabemos tudo isto. Sabemos até que muitas vezes nos consolamos das nossas infelicidades, pelo prazer que nos dá exibi-las. Claro que sabemos.
É verdade que há dias em que tudo parece cinzento e pesado. Talvez nesses dias seja importante lembrar que a nossa felicidade passa também pelas mãos dos outros. Que é como quem diz, pelos ouvidos, pelas palavras, pelos gestos dos outros.
Porque teimamos em estragar a vida, em queima-la como se queima um papel?
Quando aprenderemos a desculpar-nos a nós próprios e a deixar de lamber as nossas feridas? Quando pegaremos no que em nós há de belo, de único, de sagrado e nos decidimos a crescer, sem pieguices nem medos infantis a pessoa bonita que há em nós?

Talvez seja um bom dia para o fazer!

O tempo, esse escultor


Com o tempo…
Aprendes que fundir a tua vida com alguém só porque “estás sozinho” ou só porque esse alguém te promete um bom futuro, poderá significar que, mais cedo ou mais tarde, queiras voltar a estar sozinho.


Com o tempo…
Dás-te conta de que cada pessoa é irrepetível e compreendes que  só quem é capaz de te amar com os teus defeitos, sem te querer mudar, é que te pode ajudar a conseguir a felicidade que desejas.


Com o tempo…
Dás-te conta de que os verdadeiros amigos sabem dizer-te que não concordam contigo e que se feriste muito algum deles, provavelmente a vossa amizade jamais será igual.

Com o tempo…
Dás-te conta que os amigos são sempre poucos e que deves procura-los sobretudo quando não “precisas” deles.

Com o tempo…
Aprendes que as palavras ditas num momento de raiva podem continuar a magoar por toda a vida.


Com o tempo…
Aprendes que desculpar é relativamente fácil e que perdoar é um desafio bem maior.


Com o tempo…
Dás-te conta de que hoje podes ser um pavão e amanhã um simples espanador e que aquele que humilha e despreza corre o risco de ser um dia também humilhado e desprezado.


Com o tempo…
Aprendes a construir os teus sonhos hoje porque o reino do amanhã é um bosque de bailados e segredos, demasiado incerto para fazer planos.


Com o tempo…
Compreendes que tudo tem um tempo de maturação e que apressá-lo ou forçá-lo pode significar vir a colher frutos azedos.


Com o tempo…
Dás-te conta de que na realidade o melhor não era o futuro, mas sim aquele simples momento que estavas a viver naquele instante…


Com o tempo…
Aprenderás que perdoar ou pedir perdão, dizer que amas e que sentes falta, junto de uma urna, deixa de fazer qualquer sentido.


Por tudo isto, que talvez aprendas com o tempo, será bom teres presente que nos tornamos velhos muito rápido e sábios demasiado tarde, precisamente quando já não tem tempo.


"A Nossa Reunião"



Grupo 5:
Raquel Moreira
Susana Quelhas
Sérgio Moura
Bruno Couto
Paulo Costa
Aires Vinhas 

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